Moments - Capítulo 13

Sonhos destruídos, vidas arrasadas.

            Bruna on

Vim aqui para Londres, pelo principal fato de esquecer minha vida no Brasil. Mas não tinha jeito, não importava o que eu fizesse, sempre lembrava das coisas horríveis que passei.

        ~Flash back on~

               2 anos atrás

Mais um lindo dia ensolarado, levantei da cama e fiquei até mais animada. Era hoje que conheceria o Gabriel, um amigo que conheci pela internet. Ele era brasileiro, um amor de pessoa, mas ninguém sabia que eu o conheceria. Meus pais não ligavam muito para mim, e o meu namorado Julio tinha me proibido de o conhecer, mas não ligava, eu o conheceria de qualquer jeito.
      ...
Estava de frente para o shopping, tinha marcado para encontrar com o Gabriel lá. Estava olhando para os lados, quando vejo um menino, com um topete e uma rosa na mão. Sorri, era ele! E ele era mais bonito do que nas fotos que me enviou.
Eu: Gabriel?
Gabriel: Sim, e você deve ser a Bruna?
Eu: Sim -ele me abraçou e entregou a flor- Vamos ir ver um filme?
Gabriel: Sim -começou a enviar a mão nos bolço da calça e da camisa- Só tem um probleminha, eu esqueci minha carteira dentro do carro, vou ir pega-la! O carro está logo ali -e apontou a direção.
Eu: Te espero aqui -ele se virou e foi.
Ele demorou muito e fui até onde ele disse que o carro estava. Fui muito ingênua, porque quando cheguei perto do carro, senti um cheiro muito forte e desmaiei. Acordei num quarto sujo, com uma mordaça, e as mãos e os pés amarrados. Logo depois o Gabriel chegou, ele estava bem mais assustador. Ele me disse um monte de coisas ruins e depois me estrupo. Ele judiou de mim como se fosse a última coisa que ele quisesse fazer. Fui uma tola e uma idiota por acreditar nele.
Depois de ter feito tudo o que ele queria fazer comigo, ele me mandou embora. Cheguei em casa chorando, me sentido horrível, e os meus pais depois de saberem o que tinha acontecido, chamaram a polícia. Não resolveu muito, Gabriel já estava muito longe naquela hora.
Fiquei muito deprimida, não comia, não saía do quarto e me cortava diariamente. Depois de uns dias comecei a sentir enjoos e quando fui saber, estava grávida. Não tive coragem de olhar para o Júlio, não sabia como ele reagiria, e estava certa, quando ele ficou sabendo, a primeira coisa que fez foi terminar comigo, fazendo com que a minha situação piorasse. Acabei perdendo o bebê, por não estar comendo muito e pelo sofrimento que estava passando. Minhas amigas? Depois disso, a única que me visitou e fez com que eu sentisse melhor, foi a Ana Luiza. Depois conheci a Anna e logo depois a Seu Nome. Elas me ajudaram e não me desprezaram como as outras fizeram...  

          ~Flash back off~

Automaticamente as lágrimas começaram a descer em meu rosto.  Não sabia onde estava, só sabia que estava sentada em um banco e que estava fazendo frio. Senti alguém me abraçando, era a Seu Nome.
Você: Ei, não fica assim Bruna, isso não vai acontecer nunca mais, ouviu? Nunca mais.
Bruna: Como você sabe? -olhei para ela.
Você: Você tem três amigas, que vão te proteger e que nunca vão deixar que nada de ruim aconteça com você. -sorri e a abracei- Te amo.
Bruna: Eu também...
Você: Mas é melhor irmos, está ficando frio.
Bruna: Ok -disse limpando as lágrimas.
Você: Como eu sei que você ama chocolate quente, vou fazer para você quando chegarmos lá.
Bruna: Obrigado por estar aqui comigo...
Você: Eu é que te agradeço, você me ajudou muito... Me desculpa por ter feito você lembrar disso?
Bruna: Desculpo, mas uma hora eu ia acabar lembrando de qualquer forma... -ela beijou a minha testa.
Levantamos e fomos andando. Chegamos na casa dela, a Ana Luiza e a Anna tinham acabado praticamente com o bolo todo, e suas caras estavam todas sujas de chantilly. Comecei a rir da situação, mas elas pegaram e passaram chantilly na minha cara. Estávamos passando chantilly na cara uma das outras, até que a mãe da Seu Nome chegou e começou a brigar com a gente. Ela fez com que a gente arrumasse a cozinha e deixasse tudo do jeito que tínhamos achado. Depois de uma meia hora, a Seu Nome fez o chocolate quente. Ela sabia fazer muito bem, e tinha um toque especial, que fez com que me deixasse menos triste. Terminamos de arrumar a cozinha, tomamos um banho e ficamos conversando, até a mãe da Seu Nome dar um berro, mandando a gente calar a boca e ir dormir. Nós tentamos e a única que dormiu verdadeiramente foi a Seu Nome, já que amanhã é segunda e ela tem aula.